quarta-feira, 23 de maio de 2012

Trutas há-as no rio...

E porque nem sei o que caralho hei-de escrever e sobre trutas não dá porque inda não pesquei nenhuma, as ideias que surgem são as que ficam. Porque um filme é um filme e uma cona é uma cona e as trutas nem no prato as quero. Porque o Visconti era italiano e o Bergman sueco. Mas se nos lembrarmos o Buñuel era espanhol e o Peckinpah americano. E agora saber do que merda tou a falar já é mais complicado. Não podemos esquecer que o pai do surrealismo era contra o prazer sexual mas usava-o em quase todos os filmes. Já Antonioni era mais metódico e o Bergman mais existencialista e filosófico. Visconti também não fugia muito disso, mas o Bergman tá lá no alto e o Buñuel odiava a puta da igreja. E quando vejo Antonioni penso nos homens, na merda da sociedade e da psicologia humana. Mas o Bergman deixa-me mais concentrado nas pequenas e grandes questões da puta da vida. E o Antonioni que me desculpe mas o Buñuel era um génio. Sim caralho, porque fazer um filme como o L’age d’or não é para qualquer um fodasse. Proibido tinha que ser até porque o espanhol era um herege. Já o Tarkovsky e o Bergman não. A educação é que assim o quis pá, quem não a teve nunca a terá eheh. Mas se metermos o Godard ao barulho ainda vamos de mal a pior. Se a puta da memória não me fode este último é francês, daquele cinema que até chateia mas que prende um gajo até ao fim. Já o Wim Wenders agarrou-se às asas e perdeu-se nas américas. Gostava do Kurosawa mas também já se fodeu. Agora pra não me esquecer do Pedro Costa à que dizer que vale mais 15 minutos de qualquer filme dele do que duas horas da merda ridícula do Wenders actual. Mas as putas das asas já lhe devem ter caído ou devem estar pra cair, espero eu pá. O Pedro Costa é doutro campeonato caralho e já há muito que sei que das américas de Hollywood pouca merda boa se faz ultimamente. Mas os dólares são verdinhos e já o Leone gostava deles. E porque não caralho? Já o Lynch está num mundo à parte e se o Buñuel é o pai, o Lynch é o mestre. Mas mais maníaco era o Cronenberg no tempo do Stereo e psicologias à parte não me quero esquecer do Oliveira eheh porque já alguém me disse que o homem estava velho pra estas andanças mas não vejo qual é o caralho do problema. Porque quando vejo Oliveira lembro-me do francês que falei há pouco e se é avant garde ou não ou se é de autor ou do caralho que os fodam isso nem me interessa. Mas há quem prefira o Truffaut e se falamos de franciús tenho que falar do Resnais e do Vigo e do Renoir e do Eustache ou do Rohmer e do Tati e do Rivette e do caralho que me foda que nunca mais me calo e falo e falo e não digo nada. Mas a merda da vida sempre foi assim e ver outra vez a merda do Saló deixou-me mal disposto comó caralho. E já se sabe que o rabeta do Pasolini se pudesse até o pai criticava. Mas pra esquecer Pasolini viro-me pró Mediterraneo onde tudo é bonitinho e o diabo a quatro, mas o caralho do mundo não é belo e por isso não me quero virar praí. E porque já estou cansado só me apetece mandar o Aronofsky ao caralho das ortigas e se for possível que o Boyle vá com ele. Mais não porque já á poucas ortigas, mas ainda devem haver muitas ervas daninhas e outras merdas dessas e sendo assim o Tarantino e o Nolan e o Scott e o Scorsese também podem ir. E já chega senão daqui a nada não há verduras pra um gajo comer.
Mas pior pior é quando me lembro da abécula do Almodóvar, porque o gajo até prometia mas afinal caiu na mesma merda da americanada do costume, já só me vem à cabeça que é tipo o Scorsese ou até o Fincher mas no seu estilo, outro seria o caralho do Woody Allen que também me parece que já era tempo de se dedicar à pesca e não andar a empestar o pessoal. Espectáculo fenomenal era essa verborreia mal verborreada chamada Michael Bay ou coisa do género ter uma embolia cerebral ou outra merda qualquer pra desaparecer do mapa, merda aos salpicos que fere na vista, bosta que não é exclusiva aos states porque lá pros franciús também há disso. E por falar em França lembro-me que havia um senhor chamado Jeunet que trabalhava com outro chamado Caro que tanto um como o outro também prometiam muito mas que já andaram a borrar a pintura com filmes de encher chouriço, um lamechices pra entreter os tomates em tempo de inverno ao calor da lareira e o outro com science fictions de trazer por casa. Já agora aproveita-se e acompanha-se com o asqueroso do Trier que tem a puta da mania que é a bolacha mais bonita ou mais engraçada do pacote, outra torrente de esterco pra atentar à nossa visão, parelho ao Polanski e bem diferente do Greenaway esse sim coisa em condições, sem coisinhas pra agradar às massas e aos acéfalos. O Egoyan é outro dessa estirpe ou o Frammartino. Mas digo tudo e não digo nada, isto é tipo explosões interiores a falar dalguns merdosos que ganham a vida a fazer filmes de merda e doutros que ainda honram o cinema, merdosos como o Scott ou o George Lucas que bem pior que o Wenders só fez o THX e depois agarrou-se às estrelas e governou a vida como os filhos-da-puta dos políticos e cineastas como o Gray ou o Reygadas que inda puxam alguma coisa pelo cinema.

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